Dosagem de Creatinina em Exames com Contraste: uma medida de segurança
A administração de contraste iodado em exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) é uma ferramenta essencial para o diagnóstico preciso de diversas doenças. No entanto, o uso de contraste pode levar à nefropatia induzida por contraste (NIC) , uma condição que pode resultar em disfunção renal aguda, especialmente em pacientes com função renal pré-existente comprometida.
A dosagem de creatinina antes da administração de contraste é um procedimento fundamental para avaliar a função renal e identificar pacientes em risco de NIC. A creatinina é um produto residual do metabolismo muscular que é excretado pelos rins, e sua concentração no sangue pode ser utilizada para estimar a taxa de filtração glomerular (TFG), um indicador da função renal .

Fisiopatologia da NIC (Nefropatia Induzida por Contraste)
O contraste iodado é excretado pelos rins, e em alguns pacientes, pode causar vasoconstrição renal, lesão tubular e disfunção renal. A NIC é mais comum em pacientes com:
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Doenças renais pré-existentes;
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Diabetes mellitus;
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Hipertensão arterial;
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Desidratação;
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Idade avançada;
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Uso de medicamentos nefrotóxicos.
Por que dosar Creatinina antes da administração do contraste?
A dosagem de creatinina antes da administração de contraste é uma medida crucial para garantir a segurança do paciente e prevenir eventos adversos. As principais razões para essa prática incluem:
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Avaliar a função renal;
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Identificar pacientes de alto risco;
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Ajustar a dose de contraste;
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Implementar medidas de precaução;
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Garantir a segurança do paciente.
Por que monitorar os níveis de Creatinina após procedimentos com contraste?
O monitoramento dos níveis de creatinina após procedimentos que utilizem contraste é crucial por diversos motivos:
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Detecção precoce de nefrotoxicidade por contraste;
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Avaliação da efetividade da administração;
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Identificação de fatores de risco;
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Ajuste de doses em exames subsequentes;
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Segurança do paciente.
Recomendações:
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A frequência do monitoramento da creatinina após procedimentos com contraste deve ser individualizada, levando em consideração os fatores de risco do paciente e a severidade da disfunção renal.
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O monitoramento deve ser realizado por um profissional de saúde qualificado.
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É importante que o paciente esteja ciente da importância do monitoramento da creatinina e siga as orientações do profissional de saúde.
Os sintomas podem incluir:
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Aumento da creatinina no sangue;
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Redução da taxa de filtração glomerular;
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Oligúria (diminuição da produção de urina);
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Anúria (ausência de produção de urina).
Medidas de precaução para reduzir o risco de NIC:
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Hidratação adequada;
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Administração de bicarbonato de sódio;
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Uso de contrastes de baixa osmolaridade;
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Dosagem de creatinina antes da administração do contraste;
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Monitoramento dos níveis de creatinina após o procedimento .
Conclusão
A dosagem de creatinina antes de exames com contraste é uma medida simples e eficaz para prevenir a nefrotoxicidade por contraste e garantir a segurança do paciente. Dosagens antes da administração do contraste auxiliam na triagem de pacientes de risco. Quando o teste é realizado após o procedimento, permite que se há danos nos rins durante a excreção do contraste.




