A Relação entre Zonulina e Autismo: estudos possuem cada vez mais relevância diante do aumento da taxa de prevalência nas últimas 2 décadas
- Por ArgosLab®
- •
- 25 abr., 2023
- •

O que é Autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Embora a causa exata do autismo ainda não seja conhecida, vários fatores têm sido associados a ele, incluindo fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Recentemente, tem havido interesse crescente na relação entre o autismo e a zonulina.
O que é Zonulina?
A zonulina é uma proteína que regula a permeabilidade intestinal. Ela é produzida no intestino e ajuda a controlar a abertura das junções entre as células intestinais, permitindo a passagem de nutrientes e outras substâncias para o corpo. Quando há um aumento da produção de zonulina, a permeabilidade intestinal pode ser aumentada, permitindo que substâncias indesejadas entrem na corrente sanguínea. Isso é conhecido como "intestino permeável".
Relação entre Zonulina e Autismo
Há evidências de que pessoas com autismo têm uma maior incidência de problemas gastrointestinais, incluindo o intestino permeável. Um estudo publicado na revista científica Molecular Autism em 2013, encontrou níveis significativamente mais elevados de zonulina em crianças com autismo em comparação com crianças sem autismo.
Além disso, pesquisas têm demonstrado que a zonulina pode ter um efeito sobre o sistema imunológico, aumentando a permeabilidade das células cerebrais e permitindo a passagem de substâncias tóxicas para o cérebro. Essa permeabilidade pode levar a inflamação e danos neuronais, que têm sido associados a doenças neuropsiquiátricas, incluindo o autismo.
Estudos recentes sugerem que o aumento da zonulina no intestino pode levar à formação de autoanticorpos que afetam o funcionamento do cérebro e podem estar associados ao desenvolvimento do autismo. Esses autoanticorpos podem atacar proteínas cerebrais, levando a danos neuronais e à manifestação de sintomas do autismo.
Níveis elevados de zonulina podem estar relacionados a disfunções na produção de hormônios e neurotransmissores no cérebro, incluindo a ocitocina, um hormônio associado à sociabilidade e ao comportamento afetivo. A redução na produção de ocitocina pode estar relacionada a dificuldades sociais e de comunicação observadas em indivíduos com autismo.
Conheça nossa linha de testes para medicina Integrativa e Funcional
Aumento no número de casos de autismo nos últimos 20 anos
Desde a década de 1990, tem havido um aumento significativo no número de casos de autismo em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de prevalência do autismo em crianças de 8 anos aumentou de cerca de 1 em 150 crianças em 2000, para cerca de 1 em cada 44 crianças em 2018 e 1 em 36 crianças em 2020, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Essa tendência também é observada em muitos outros países, incluindo o Brasil.
Uma das razões para o aumento no número de casos de autismo é o maior reconhecimento e diagnóstico do transtorno. Nos últimos anos, houve um maior conhecimento e conscientização sobre o autismo, levando a um maior número de diagnósticos em crianças e adultos. Além disso, os critérios de diagnóstico para o autismo têm sido ampliados e aprimorados, o que pode ter contribuído para o aumento do número de casos diagnosticados.
Outro fator que pode estar contribuindo para o aumento no número de casos de autismo é a mudança nos estilos de vida e no ambiente em que as pessoas vivem. Por exemplo, a exposição a poluentes ambientais, como produtos químicos tóxicos, pode estar afetando o desenvolvimento fetal e aumentando o risco de transtornos do desenvolvimento, incluindo o autismo. Além disso, mudanças na dieta, incluindo o aumento do consumo de alimentos processados e a redução da ingestão de nutrientes importantes, podem estar afetando o desenvolvimento infantil.
Por fim, os fatores genéticos também podem estar contribuindo para o aumento no número de casos de autismo. Pesquisas indicam que o autismo é altamente hereditário, o que significa que pode haver uma predisposição genética para o transtorno. No entanto, a genética sozinha não pode explicar o aumento significativo no número de casos de autismo observado nas últimas décadas.
O aumento no número de casos de autismo tem implicações significativas para a sociedade, incluindo um aumento na demanda por serviços de saúde e educação especial. Além disso, o autismo pode ter um impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos afetados e de suas famílias, levando a desafios sociais, emocionais e financeiros.
Referências
Fasano, A. (2012). Zonulin and its regulation of intestinal barrier function: the biological door to inflammation, autoimmunity, and cancer. Physiological reviews, 91(1), 151-175.
Fiorentino, M., Sapone, A., Senger, S., Camhi, S. S., Kadzielski, S. M., Buie, T. M., & Fasano, A. (2016). Blood-brain barrier and intestinal epithelial barrier alterations in autism spectrum disorders. Molecular autism, 7(1), 49.
de Magistris, L., Familiari, V., Pascotto, A., Sapone, A., Frolli, A., Iardino, P., ... & Bravaccio, C. (2010). Alterations of the intestinal barrier in patients with autism spectrum disorders and in their first-degree relatives. Journal of pediatric gastroenterology and nutrition, 51(4), 418-424.
Fiorentino, M., Franchi, E., Pascotto, A., & Fasano, A. (2013). Zonulin upregulation is associated with increased gut permeability in subjects with type 1 diabetes and their relatives. Diabetes, 62(12), 3926-3930.
Russo, R., Murzilli, S., Pellegrini, F., & Lopetuso, L. R. (2018). Inflammatory bowel disease and autism spectrum disorders: searching for a connection. Inflammatory bowel diseases, 24(4), 674-683.
Johnson, C. P., & Myers, S. M. (2007). Identification and evaluation of children with autism spectrum disorders. Pediatrics, 120(5), 1183-1215.
Waly, M. I., Hornig, M., Trivedi, M., Hodgson, N., Kini, R., Ohta, A., ... & Fasano, A. (2016). P1-031: Evidence of zonulin secretion in children with autism spectrum disorders. Clinical and experimental immunology, 184(S1), 174-174.
Baio, J., Wiggins, L., Christensen, D. L., Maenner, M. J., Daniels, J., Warren, Z., ... & Dowling, N. F. (2018). Prevalence of autism spectrum disorder among children aged 8 years—autism and developmental disabilities monitoring network, 11 sites, United States, 2014. MMWR Surveillance Summaries, 67(6), 1-23.
Hertz-Picciotto, I., Croen, L. A., Hansen, R., Jones, C. R., van de Water, J., & Pessah, I. N. (2018). The rise in autism and the role of age at diagnosis. Epidemiology, 29(5), 689-696.
Lyall, K., Croen, L. A., Daniels, J. L., Fallin, M. D., Ladd-Acosta, C., Lee, B. K., ... & Volk, H. E. (2017). The changing epidemiology of autism spectrum disorders. Annual Review of Public Health, 38, 81-102.
Newschaffer, C. J., Croen, L. A., Daniels, J., Giarelli, E., Grether, J. K., Levy, S. E., ... & Yoon, P. W. (2007). The epidemiology of autism spectrum disorders. Annual Review of Public Health, 28, 235-258.
Sandin, S., Lichtenstein, P., Kuja-Halkola, R., Larsson, H., Hultman, C. M., & Reichenberg, A. (2017). The familial risk of autism. JAMA, 318(4), 393-395.

Dentro desse contexto, o DBS® Saúde Mental, desenvolvido pela LabRx , oferece uma solução inovadora: a dosagem laboratorial de L-quinurenina em amostras de sangue coletadas por punção capilar em papel de filtro (DBS – Dried Blood Spot) , com foco em profissionais de saúde mental que atuam no B2B com empresas .
Seu uso se insere no contexto de prevenção e monitoramento de riscos psicossociais conforme previsto na Norma Regulamentadora nº 01 (NR 01) do Ministério do Trabalho e Emprego.

- Diagnóstico e prognóstico da DII (Doença de Crohn e colite ulcerativa).
- Predição de falha ao tratamento com anti-TNF α
- Monitoramento da atividade inflamatória intestinal
- Personalização do tratamento e ajuste terapêutico
- Avaliação da inflamação sistêmica em doenças reumáticas, metabólicas e cardiovasculares

O livro destaca a importância do monitoramento dos neurotransmissores na urina (NeuroStress®️) como uma ferramenta de precisão para o diagnóstico e acompanhamento dos transtornos mentais, permitindo intervenções mais eficazes e individualizadas. Além disso, discute a relação entre neurotransmissores e doenças como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, TDAH e transtornos neurodegenerativos, analisando os impactos da neuroinflamação, do eixo intestino-cérebro e da regulação do eixo HPA.
Unindo farmacoterapia, fitoterapia, nutrição, neurosuplementação, psicoterapia, atividade física e modulação do sono, este livro propõe um tratamento multidisciplinar para restaurar a homeostase dos neurotransmissores, promovendo a saúde mental de forma mais segura, eficaz e sustentável. Ideal para profissionais da saúde e pesquisadores, NeuroStress®️ representa um marco na neurociência, trazendo uma abordagem baseada em evidências para um novo paradigma no cuidado com a mente.

Utiliza-se o método de microplaca padronizado por ELISA para a determinação de vitaminas do complexo B baseado no crescimento seletivo de microrganismos na presença da vitamina a ser testada, sendo a concentração medida pela turbidez do meio com um leitor de ELISA (620-630 nm). Uma vantagem particular desse método é a determinação de vitaminas bioativas no metabolismo , ou seja, as moléculas que realmente desempenham um papel no organismo.
Essa metodologia de análise de vitaminas é mais amigável e uma alternativa de custo reduzido aos métodos como HPLC e LC-MS, além de ser escalável para análises de grande porte.

A dosagem de G6PD antes da ozonioterapia é fundamental para avaliar a capacidade antioxidante dos glóbulos vermelhos. Pessoas com deficiência de G6PD possuem menor resistência ao estresse oxidativo, o que pode resultar em hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos) durante o tratamento. Assim, a verificação dos níveis de G6PD permite uma abordagem segura, evitando possíveis complicações e garantindo que a ozonioterapia seja aplicada de forma eficaz e com menor risco.

O mecanismo fisiológico da intolerância alimentar mediada por IgG4
Reações mediadas por IgG4 diferem das alergias imediatas (IgE) por estarem associadas a processos imunológicos de baixa intensidade inflamatória, frequentemente relacionados à formação de complexos imunes IgG4-antígeno. A deposição desses complexos nos tecidos pode desencadear inflamação crônica subclínica, contribuindo para uma variedade de sintomas e condições clínicas.
Condições frequentemente associadas a sensibilidades alimentares mediadas por IgG4 incluem:
- Distúrbios gastrointestinais: síndrome do intestino irritável, refluxo gastroesofágico, constipação ou diarreia crônica;
- Cefaleia e enxaqueca;
- Fadiga crônica;
- Alterações dermatológicas: acne, urticária, eczema, dermatite atópica;
- Síndrome da fibromialgia;
- Dores articulares e mialgias;
- Alterações do humor: ansiedade, irritabilidade, depressão leve;
- Ganho de peso ou dificuldade para perda de peso.
Por que oferecer o teste de IgG4 no seu laboratório?
A dosagem de IgG4 permite identificar alimentos específicos que podem estar contribuindo para sintomas clínicos inespecíficos, possibilitando intervenções nutricionais e terapêuticas personalizadas, focadas na saúde do paciente.
Benefícios do teste com metodologia ELISA
- Resultados verdadeiramente quantitativos: A tecnologia ELISA oferece medições precisas das concentrações de IgG4, permitindo análises detalhadas e reprodutíveis.
- Cobertura abrangente: Avaliação de 88 alimentos, incluindo os principais grupos alimentares.
- Alta sensibilidade e especificidade: Garantia de confiabilidade analítica, com detecção robusta de reações imunológicas.
- Produtividade otimizada: Agilidade no processamento e entrega de resultados.
Com o avanço da medicina integrativa e da personalização em saúde, o teste de Intolerância Alimentar IgG4 é uma ferramenta indispensável para laboratórios que desejam oferecer um serviço diferenciado e de alta relevância clínica.